quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

...ainda no passado...

Hoje comecei o meu dia a falar com um amigo sobre o passado recente dele e a forma como isso ainda o condiciona de vez em quando. O passado devia ser parte de nós e ficar arrumadinho na prateleira, principalmente quando ainda nos faz sofrer e nos sufoca, quando não nos deixa viver o presente e avançar rumo ao futuro. A fase de transição, entre o largar o passado e partir rumo ao futuro, é uma verdadeira travessia do deserto, quantas vezes apetece desistir de tudo..até de acreditar. Quantas vezes nos questionamos sobre o porquê, sobre como vamos aguentar. Aguentar o quê? Aguentar a falta de alguém que pensamos amar, ou aguentar a ausência de velhos hábitos que se instalaram, rotinas de sempre? Nem sei na realidade o que doi mais...doi tudo provavelmente, e é muitas vezes no pico dessa dor que temos o "click", a força que nos tira desse intermédio, desse inferno. Como é que isso acontece? Acho que ninguém pode explicar, ao fim ao cabo, a resposta está dentro de nós e é a nós que nos compete decidir se queremos ser felizes. Dito assim parece uma receita mágica, mas não é , o outro factor determinante chama-se tempo e cada um tem o seu, e é bom que o tenhamos, só esse tempo nos ajuda a voltar a sentir o prazer que é viver e a acreditar que para além do passdo há um futuro imenso. Que o nosso passado fique bem arrumadinho na prateleira e nos ensine que há um presente para viver. E quanto a porquês, há perguntas que nunca vão ter resposta, porque se calhar não tinha de ser, porque tudo tem um tempo, porque se callhar até o amor tem prazo de validade...
Dizes-me que se calhar o problema foi teres amado de mais. Aqui não posso concordar contigo, quando se ama nunca é demais....

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