quinta-feira, 14 de outubro de 2010


Ontem passei um dia triste, sem um motivo aparente, sem uma razão mas com uma angústia tremenda. Só me apetecia chorar, com o passar do dia foi piorando, um nó no estômago, uma falta de ar difícil de aguentar até perceber que nos últimos anos, por esta altura, as saudades que tenho de ti batem ainda mais forte.
Tentei dormir, descansar, mas nem por um minuto a minha cabeça conseguiu desligar-se desta saudade. Não sei lidar com a morte, com a perda e embora o tempo nos ajude a viver sem os que os amamos, a saudade aumenta a cada dia. Nesta noite horrível só sei que iria onde fosse preciso para te trazer de volta. Tínhamos tanto para conversar, tinha tanto para te contar e desde que partiste que sinto que a morte te levou no início do caminho e o mais difícil é saber que é a única coisa que não se reverte.
Chorei por ti e por mim, para aliviar esta dor e embora desde que partiste me tenha zangado com Deus, esta noite não consegui não rezar por ti. Senti que era a forma de poder estar mais próximo.
Hoje era aquele dia em que se estivesse na nossa cidade iria até à tua campa, procurar-te e não te encontrar. Por ironia do destino liguei a alguém justamente na hora em que lá estava...
Às vezes sinto que és a estrela que me guia nesta vida que tantos sorrisos me tem dado, mas não posso deixar de sentir que o que mais queria é que fosses somente o meu primo que tanto amo, que pudesses partilhar os teus dias e os teus sorrisos. Mas tu partiste cedo demais e foste a minha maior perda. Faz amanhã mais um ano que partiste e isso não mudará nunca. Onde quer que estejas acredito que sabes o quanto te amo minha estrelinha...

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