Hoje ouvi uma conversa de alguém que perdoou uma traição. Estava triste mas conformada. Parece que o marido que até tinha um comportamento exemplar andou no último ano a ocupar as horas extra de trabalho com uma colega do escritório. Muito trabalhou o senhor no último ano: horas extraordinárias, jantares, reuniões e até teve de passar uns quantos fins de semana em formação...Cansou-se tanto que começou a "baixar a guarda" e foi dando sinais. Aos poucos, mesmo não querendo ver, a pobre "chifruda" lá foi obrigada a fazer umas quantas perguntas, que a muito custo começaram a ter resposta. E lá chegou a verdade dos factos: o marido exemplar afinal não passa de um verdadeiro "filho da mãe" que num acto de puro egoísmo se mandou de cabeça sem ter a coragem de ser honesto e melhor do que isso é que como a boa da colega de trabalho lhe deu com os pés, ele afinal conta tudo, pede muitas desculpas, diz que foi um erro e que a "chifruda" é o amor da sua vida...
É nesta altura que já estou a dizer palavrões, mas será que este ranhoso de merda não tem um pingo de vergonha na cara!?
E será que esta senhora mais algum dia consegue confiar neste marido perfeito?! Eu cá jamais conseguiria e é aqui que realmente aprecio aqueles a quem muitas vezes chamamos de verdadeiros cabrões, aqueles que do nada dizem: acabou, estou interessado noutra pessoa e prefiro dizer-te já. Isto é ter coragem e ser honesto, pode ser das piores surpresas na vida, mas revela dignidade e algum respeito.
Para mim a traição não é perdoável, apartir do momento em que isso acontecesse eu jamais conseguiria confiar e esse é quanto a mim um dos motores do amor. Quem trai é porque já não ama e passar a segunda escolha não faz parte da minha maneira de ser, sou demasiado importante para isso. De qualquer modo boa sorte e que esse peso lhe saia de cima...
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